sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Proclamação da República




A Proclamação da República do Brasil foi decretada em 15 de novembro de 1889, sendo este o momento em que o regime republicano foi instalado no país, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e acabando com a soberania de Dom Pedro II, imperador do Brasil naquele tempo.
A Proclamação da República aconteceu no Rio de Janeiro, a antiga capital do país, por um grupo de militares liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que deu um golpe de estado no Império.
Marechal Deodoro da Fonseca instituiu uma república provisória e se consagrou o primeiro presidente do Brasil. A partir desse momento, a população poderia eleger os seus governantes, através de voto direto.
O Brasil era considerado o único país independente do continente americano que ainda era governado por um imperador. A independência do país já havia sido conquistada em 7 de setembro de 1822, através do decreto de D. Pedro I.
Durante a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros acabaram tendo contato com combatentes de outros países, o que os levou a aprofundar o conhecimento em outros regimes políticos.
Os militares começaram a criar um interesse muito grande pelo ideal republicano e a Guerra só evidenciou o quanto suas carreiras eram desvalorizadas, pois não tinham autonomia nenhuma, uma vez que eram comandados pelo Imperador.
Além disso, o crescimento da classe média nos grandes centros urbanos do país, fazia com que a população começasse a sentir uma maior necessidade de intervir de modo mais direto nos assuntos políticos da nação.
As oposições ao Império também partiram da igreja, pois este impôs interferências diretas no sistema organizacional do clero no Brasil, provocando um grande descontentamento nos bispos, padres e demais membros da Igreja Católica.
Mas, o que salientou e potencializou o movimento republicano foi a abolição da escravatura, através da Lei Áurea de 1888.
Os grandes proprietários rurais escravocratas também passaram a se opor ao império, pois não receberam nenhum tipo de imunização pela perda de posse dos seus escravos. Assim, quase todos os principais grupos sociais existentes naquela época começavam a partilhar a vontade de recusar as interferências impostas pelo império e garantir a liberdade política total.


A letra do Hino da Proclamação da República foi escrita por Medeiros de Albuquerque, e a música composta por Leopoldo Miguez.

Hino à Proclamação à República do Brasil

Seja um pálio de luz desdobrado.

Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!



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